Muito prazer e pouca responsabilidade


Ninguém precisa ligar a televisão para saber que a cada dois minutos alguma propaganda vai expor alguma mulher. Pensando um pouco mais deduziremos que muitas outras mulheres desejarão serem as próximas a serem expostas pela mídia. E mais, outras tantas mulheres e homens vão tentar uma vaguinha no próximo BBB. Lamentável, pois esse programa é simplesmente a prova de que chegou o fim da raça humana.
Nossa sociedade fala muito sobre sexo. Antes se fazia de maneira mais tímida, a ponto de nem se conversar sobre isso em família, pois era uma abominação para os pais falarem sobre isso com os filhos. Então, para facilitar a conversa, a mídia resolveu dar uma “maõzinha”: sexo aqui, sexo ali, mulher semi nua aqui, mulher semi nua ali, pornografia aqui, pornografia ali, sexo antes do casamento, sexo fora do casamento, sexo com camisinha, sexo para comprar, sexo para vender, prostituição aqui, prostituição ali... Mas... isso tudo com NADA DE RESPONSABILIDADE!
A mídia não sabe ensinar uma sociedade que não tem padrões, ela simplesmente influencia desmedidamente. Nossas crianças, adolescentes e jovens tem tudo o que foi citado acima como em uma bandeja e sem o mínimo de orientação precisa para lidar com a situação. Pensa-se que liberdade de expressão é transar com quem quiser e obedecer ao próprio ventre. Ficam pelo caminho o respeito e a obediência aos pais, à família e a Deus. As meninas se tornam objeto do prazer de rapazes sem responsabilidade, esquecendo que o prazer passa logo depois do ato, mas as responsabilidades perduram. Não é só uma gravidez indesejada, é a posição de usada em que ela se coloca, como um objeto que satisfaz o desejo incontrolável de um qualquer, que a vê apenas como mais uma. É a dor de saber que o irresponsável fez com ela o que faria com qualquer outra.
Mas como mudar isso se as canções atuais dizem respeito a um prazer nojento e sem responsabilidades? Dizem que o prazer sem medida é o que se precisa para ser feliz e que todos merecem ser feliz. Mas todas as canções e apelos da mídia são feitos para uma geração que viveu oprimida pelos ditos de um passado obscuro, de uma vida de relacionamentos quebrados com as figuras de autoridade. Meninas que não reconhecem seus pais como aquele que cuida, que supre necessidades, por isso, buscam o prazer com outros homens para ver se encontram o que nunca achou em casa ao longo do tempo. Ou meninos que foram abusados e que não ouviram a verdade sobre o sexo seguro e responsável, aquele que só existe dentro do casamento.
Deus preparou o sexo para o ser humano como algo puro e sublime, onde cada um pode desfrutar sem culpa e sem condenação, vivendo com responsabilidade e segurança total. Mas infelizmente fazemos parte de uma geração que, se achando independente, só obedecem às tendências do momento, que são escravos do prazer, vivem à beira da destruição, se entregam aos desconhecidos e buscam a felicidade nos lugares errados.
Muitos “machões” são capazes de ficar com mil e uma mulheres, mas poucos homens de verdade conseguem viver para sempre com uma a ponto de fazê-la feliz. Certo filósofo disse certa vez que “o prazer só é verdadeiro quando vem acompanhado de alguma virtude”. Ele acertou, o prazer que é oferecido sem responsabilidade ou promessa de virtude é vazio e levará o homem a ser escravo de suas paixões e da culpa de buscar e nunca achar a felicidade.





Amilton Joaquim
Casado com Alba Aureliano
Missionário e Vice presidente da JOCUM Maceió
Estudante de Relações Públicas na UFAL
e Membro da 1ª igreja Batista em Satuba - AL